Cacique bolsonarista de Mato Grosso é preso na fronteira do Brasil com Argentina

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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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O líder indígena e pastor evangélico, cacique mato-grossense Serere Xavante, foi preso na noite deste domingo pela Polícia Federal, na fronteira do Brasil com a Argentina, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

José Acácio Serere Xavante, apontado como pivô do ataque à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022, em Brasília, foi preso após ter fugido para a Argentina.

Ele é réu numa ação penal no STF, Supremo Tribunal Federal, por ter participado de atos antidemocráticos após do resultado das eleições de 2022.

Ele foi preso há dois anos, mas obteve o direito de usar tornozeleira eletrônica. Há cerca de seis meses, quebrou o aparelho e fugiu para a Argentina. Havia um mandado de prisão em aberto no Brasil.

Segundo informações da polícia, o cacique Serere estava na fronteira entre Puerto Iguazú, na Argentina, e Foz do Iguaçu, no Brasil.

A prisão foi feita pela Polícia Federal do Brasil.

Segundo o advogado do cacique, Geovane Veras, como o cacique tem um pedido de refúgio sob análise da Comissão Nacional para os Refugiados da Argentina e não teria ordem de extradição do Supremo Tribunal Federal, o advogado entende que essa prisão jamais poderia ter acontecido.

O advogado disse ainda que vai pedir para o STF para transferir o cacique para Aragarças, Goiás, onde ele se apresentava toda segunda-feira antes de fugir para a Argentina.

Aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo relatório da CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal o indígena teria recebido mais de 85 mil

Os altos valores caíram na conta de Serere em meio aos vários atos dele e outros bolsonaristas em Brasília pregando o golpe de Estado e ações contra o resultado das urnas.