Bispos de Mato Grosso assinam carta com críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

Esta semana, 152 bispos, arcebispos e bispos eméritos brasileiros divulgaram um documento denominado Carta ao Povo de Deus, onde fazem duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, principalmente diante da pandemia de covid-19, e ao bolsonarismo.

“Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises”, afirmam no documento.

“Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo de milhares de mortes pela covid-19 e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço.

Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja”, afirmam os integrantes da ala progressista.

De acordo com os bispos, essa movimentação não está restrita à CNBB, mas tem encontrado eco em paróquias e igrejas pelo país, onde padres reclamam de perseguição política, por conta das críticas feitas ao governo de Bolsonaro nas missas ou em conversas com fiéis.

O texto é assinado, entre outros, pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, pelo arcebispo de Belém, do Pará, dom Alberto Taveira Corrêa, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovani Mol, e pelo arcebispo de Manaus e ex-secretário-geral da CNBB dom Leonardi Ulrich.

Também assinam a Carta, representando as lideranças católicas de Mato Grosso, Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo prelado de São Félix do Araguaia, Dom Neri José Tondello, bispo de Juína, Dom Protógenes Luft, bispo de Barra do Garças e Dom Pedro Casaldáliga, bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia.

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