Arrecadação federal alcança mais de R$ 744 bilhões de janeiro a maio

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Foto da manchete: reprodução Agência Brasil - EBC

Por Lucas Pordeus León* - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
 

A arrecadação de tributos federais de janeiro a maio de 2021 superou o valor de 2014 pela primeira vez desde a crise econômica de 2015, quando o país passou a arrecadar menos. Já o mês de maio teve o melhor desempenho arrecadatório desde o ano 2000. Entre janeiro e maio deste ano foram arrecadados mais de R$ 744 bilhões em impostos contra R$ 718 bilhões arrecadados de janeiro a maio de 2014, último ano antes da crise.

Em relação a 2020, houve um aumento de 21% na arrecadação, isso já descontada a inflação. No primeiro ano da pandemia, o governo arrecadou, de janeiro a maio, R$ 623 bilhões, R$ 123 bilhões a menos que neste ano.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que a arrecadação de maio demonstra que a economia do país já se recuperou da pandemia.

Segundo Guedes, com o aumento da arrecadação, eles estão estudando antecipar a redução de impostos das empresas, prevista na proposta de Reforma Tributária. No texto atual há uma redução de 2,5% em 2022 e mais 2,5% em 2023 na alíquota do imposto de renda da pessoa jurídica. A expectativa do ministro da Economia é que com a melhora da arrecadação seja possível reduzir a alíquota em 5% já em 2022.

Os números da arrecadação de maio foram divulgados nesta terça-feira (29) pela Receita Federal. No mês passado, a União acumulou mais de R$ 142 bilhões em impostos, cerca de 70% a mais que maio de 2020, quando a União arrecadou R$ 83 bilhões. A arrecadação de maio deste ano é ainda 10% maior que a de abril.

Segundo parecer da Receita Federal, o adiamento no pagamento de tributos por causa da pandemia e a arrecadação atípica de alguns setores econômicos podem explicar esse aumento arrecadatório. Contudo, mesmo sem esses fatores que a Receita considera atípicos, verifica-se um crescimento real da arrecadação de 23% em maio e de quase 12% no acumulado do ano.

* Matéria atualizada para corrigir o valor da arrecadação. Diferentemente da publicação anterior, o valor de arrecadação foi de mais de R$ 744 bilhões.

Edição: Leila dos Santos/ Renata Batista

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