| Aos 90 anos, morre no parque do Xingú a esposa do Cacique Raoni.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Morreu, aos 90 anos, numa aldeia do parque do Xingú, norte de Mato Grosso a líder indígena Bekwyjkà Metuktire, esposa do Cacique Raoni.
“Com a saúde bastante comprometida e bem debilitada devido a idade avançada, Bekwyjkà teve complicações devido a um infarto agudo do miocárdio, seguido por acidente vascular encefálico”, segundo o Instituto Raoni.
De acordo com a neta do cacique, Mayalú Txucarramãe, “por medo da pandemia do COVID-19 os familiares decidiram não levar a idosa a um hospital na cidade com medo que o quadro se agravasse. Mas ela não resistiu.
“Meu avô está arrasado pela perda de sua conselheira, matriarca e companheira da vida inteira”, revelou a neta do líder caiapó. Raoni dizia que a mulher era cuidadosa e amável.
“Nascida na antiga aldeia Kapot, em 1930, Bekwyjkà conheceu o cacique Raoni ainda muito jovem. Tanta história, tanta luta, tanta ternura e tanto companheirismo”, resume o Instituto, que registra o carinho de Raoni para com Bekwyjkà.
O Instituto acrescenta que os dois tiveram “um amor verdadeiro, forte o bastante para estar do lado do cacique Raoni por cerca de 80 anos e junto com ele construir uma bela família, de oito filhos.
O cacique Raoni é uma das mais importantes lideranças indígenas do Brasil e se tornou figura reconhecida internacionalmente pela defesa da preservação florestal e dos direitos dos povos indígenas.