AMM critica ampliação das investigações da CPI da Covid-19 para estados e municípios

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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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O Senado criou, nesta terça-feira, a CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, da Covid-19 que vai investigar ações e omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios.

 

A manobra política foi feita após uma outra CPI ter sido apresentada e que investigaria apenas as omissões do presidente durante a pandemia.

 

De Mato Grosso, os senadores, Wellington Fagundes, do PL, e Carlos Fávaro, do PSD, assinaram o requerimento da CPI da Covid, que tira o foco de Bolsonaro e mira prefeitos e governadores, apresentada pelo senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará.

 

A instalação da CPI foi determinada pelo ministro do STF, Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

 

O presidente da AMM, Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, ficou indignado com a mudança do objeto central das investigações, que era o presidente Bolsonaro.

 

Neurilan lamentou que as omissões do presidente, como a recusa em comprar vacinas e o desestímulo ao isolamento, possam ser colocadas em segundo plano.

 

“Bolsonaro está tentando de todas as formas, e conseguiu, enfraquecer a CPI que foi criada para investigar a sua omissão como presidente do Brasil no combate à pandemia. O negacionismo dele, falando que era uma gripezinha, e depois se negou a comprar vacinas no ano passado. Era para ter vacinado, ao menos, 60% dos brasileiros, que teria evitado milhares de mortes”, lamentou o presidente da AMM.

 

O líder Neurilan Fraga repudiou o fato de o senador Carlos Fávaro ter assinado o requerimento.

 

Para ele, a atitude é incoerente, uma vez que na semana passada Fávaro não apoiou a CPI que investigaria Bolsonaro argumentando que ela teria cunho eleitoreiro.

  

Fraga disse ainda que os prefeitos mato-grossenses devem apresentar todas as informações necessárias, caso sejam solicitadas pela CPI.

 

Neurilan afirmou também que não entende a necessidade de incluir estados e municípios em uma investigação do Senado, uma vez que existem Assembleias Legislativas e Câmara Municipais que fiscalizam atos do Executivo.

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