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Lucas Pordeus León - EBC
A Indústria de Higiene pessoal estima prazo de 45 dias para se adequar à nova demanda por álcool em gel no Brasil. O produto continua difícil de encontrar nas prateleiras de farmácias e mercados do país.
Quando o álcool em gel chega nas farmácias, é em pouca quantidade e logo acaba, como nos revelou o balconista de uma farmácia em Brasília, Fabrício Rossi.
“Está chegando, mas em pouca quantidade. A demanda é maior, todo dia acaba e todo dia tá chegando”.
Outro problema enfrentado pela população é o preço do produto. O diretor comercial de uma rede de farmácias de São Paulo, Marcos Ferreira, conta que alguns fornecedores aumentaram o preço do frasco de 500ml de álcool em gel de R$ 5 para R$ 20. Como eles pararam de comprar desses fornecedores, ficou ainda mais difícil atender os pedidos.
“Na semana passada, na quinta-feira, chegou 2 mil unidades de álcool em gel em 500 ml. Ele acabou em menos de 30 minutos, não está suprindo a demanda”.
Enquanto isso, operações da polícia tem desbaratado quadrilhas que vendem um produto caseiro sem qualquer controle de qualidade. Em Brasília, na semana passada, uma mulher foi presa com 360 frascos do produto adulterado. Ela vai responder por crime contra a saúde pública.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria informou que o que tem impedido o abastecimento geral é a falta do carbopol, matéria-prima usada na fabricação do álcool em gel e que se tornou procurado no mundo inteiro. Alguns produtores ainda alegam dificuldades de encontrar embalagens para o produto.
