Violência política de gênero ganha canal de denúncia

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Por Renata Martins - Brasília

Candidaturas preteridas, argumento de que elas não nasceram para ocupar cargo público, que não têm competência, desvio de dinheiro da campanha delas para fortalecer campanhas masculinas e até ameaças e difamação nas redes sociais por sua condição de mulher.

Isso tem nome: violência política de gênero. E agora também tem um canal de denúncia.

O disque 180 - Central de Atendimento do governo federal à Mulher em Situação de Violência também está recebendo denúncias que buscam impedir a participação feminina na esfera política. É o que destaca a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto.

A Advogada especialista em direitos humanos e Consultora da Alia Política para Mulheres, Danielle Gruneich, considera que esses ataques são mais uma barreira para a participação da mulher nos espaços de poder.

Para as eleições municipais deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral criou normas para coibir tentativas de fraudes em candidaturas femininas.

Uma delas busca garantir que os recursos destinados pela Justiça Eleitoral às campanhas de mulheres sejam efetivamente usados no interesse delas.

O Fundo de Financiamento das Campanhas destina 30 % do valor total ao custeio das candidaturas femininas. Usar esse dinheiro para financiar candidaturas masculinas é proibido.

Diferente das vagas para o legislativo, como cargos de vereadora e deputada, não existe cota de gênero para vagas no executivo.

Dos mais 19 mil pedidos de registro de candidaturas para o cargo de prefeito em 2020, apenas 13% foram feitos por mulheres. São pouco mais de 2.500 candidatas e 16.650 candidatos.

Edição: Rosamélia de Abreu

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