02 Técnicos do Indea apuram mortalidade de abelhas nos municípios de Sorriso e Sinop.mp3 |
Foto: Divulgação/Indea-MT
Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Servidores do Indea, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, estão apurando a mortalidade de abelhas nas cidades de Sorriso e Sinop.
Equipes do Instituto, formadas por médicos veterinários, agrônomos e agentes de defesa sanitária animal, estão visitando nas duas cidades propriedades rurais que trabalham com apicultura e onde foram registradas as altas mortandades dos insetos.
Nessas visitas os servidores têm coletado amostras e realizado análise dos insetos nas caixas de colmeias.
O material coletado será enviado ao Instituto Biológico, que é um centro de pesquisa do Governo de São Paulo, referência nacional na área de pesquisa agrícola.
De acordo com a médica veterinária e uma das responsáveis pelo Programa de Sanidade Apícola do Indea, Érika Nascimento, as mortes em Sorriso foram detectadas em um raio entre 15 a 20 quilômetros.
As espécies de abelhas atingidas foram as abelhas nativas sem ferrão e as africanas.
Os servidores do Estado pesquisam se os insetos apresentam algum indício de sofrerem danos em decorrência de intoxicação, bactérias, fungos, vírus, dentre outros.
Todo o material colhido será enviado para São Paulo por aeronave e o tempo estimado para conclusão do laudo é de até 30 dias.
Os apicultores de Sorriso se reuniram na última terça-feira com os servidores do Indea, equipes do Corpo de Bombeiros e o sindicato rural para debater ações para resolver o problema.
Em maio, cerca de um milhão de abelhas foram encontradas mortas em três propriedades rurais de Brasnorte, de acordo com o Indea.
Além de causas sanitárias, o Indea também suspeita que a morte dos insetos pode ter sido causada pelo uso de agrotóxicos nas áreas próximas às colmeias.
Segundo o instituto, a morte das abelhas em Brasnorte foi em 33 colmeias e as mais atingidas foram as operárias.