Sara Winter é presa em Brasília por suposto envolvimento em atos antidemocráticos

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Anna Luisa Praser

A ativista Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa preventivamente na manhã desta segunda-feira (15), apontada como uma das líderes do acampamento 300 do Brasil. Outras cinco pessoas tiveram mandados de prisão expedidos.

 

A prisão de Sara Winter foi feita pela Polícia Federal em cumprimento à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais, e atende a pedido da Procuradoria Geral da República para investigar a organização de atos antidemocráticos.

 

A intenção é conseguir mais informações de como funciona o esquema de organização e financiamento desses atos. O inquérito inicial que resultou nestas prisões foi aberto ainda em abril pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e passou a investigar a participação inclusive de deputados federais na mobilização de manifestações contra a democracia.

Sobre os atos contra o STF, o ministro Alexandre de Morais se pronunciou nesse domingo pela conta oficial dele no Twitter. Na publicação, ele repudiou as ameaças que vêm sendo feitas contra a instituição por organizações que ele classificou como “criminosas e financiadas por grupos antidemocráticos que desrespeitam a constituição federal”.  Ele concluiu a postagem dizendo que a lei será rigorosamente aplicada e a justiça prevalecerá.

 

No último sábado, a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal fez uma operação para desmontar o acampamento 300 do Brasil, formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

 

De acordo com a defesa de Sara Winter, a prisão temporária tem prazo de cinco dias, mas um pedido de Habeas Corpus em favor da ativista já está sendo preparado.