Produtores mato-grossenses repudiam vandalismo em Brasília, mas criticam associação do agro a atos golpistas

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Foto da manchete: Wilson Dias | Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Lideranças do setor produtivo em Mato Grosso repudiam os atos de vandalismo ocorridos em Brasília no último domingo.

Eles condenaram ainda falas do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que atribuíram ao agronegócio participação e financiamento dos atos de vandalismos na capital federal.

Segundo o setor, as declarações que atribuem ao segmento participação nos ataques são descabidas.

De acordo com o presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, reivindicar uma posição, um ponto de vista, é democraticamente válido. Entretanto, todo e qualquer manifestante que ultrapasse esses limites com certeza não terá apoio do segmento.

A Famato, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, também repudiou de forma veemente os atos de vandalismo e destruição ocorridos em Brasília.

Em nota a entidade diz reafirmar o compromisso com toda manifestação pacífica, ordeira e dentro dos princípios democráticos, contudo, atos de depredação jamais terão o aval do setor, reforça a Famato.

As lideranças do agronegócio mato-grossense repudiaram ainda as declarações do presidente Lula, quanto à possibilidade de haver produtores rurais apoiando ou envolvidos na manifestação que resultou na invasão e no vandalismo do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Presidente da Acrimat, Associação dos Criadores de Mato Grosso, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, destacou que toda generalização é nociva porque coloca todo produtor no mesmo balaio.

Em nota, a Aprosoja, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, declarou que o agro brasileiro é importante no desenvolvimento do Brasil, e que declarações que atribuem ao setor participação nos ataques extremistas são descabidas.

A Famato salienta ainda que a classe produtora exige respeito e que momentos como esse pedem cautela, sendo necessária a apuração dos fatos antes de propagar as acusações.

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