Presidente da Aprofir diz que futuro do agro em Mato Grosso está na irrigação

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Foto da manchete: Alex Pereira

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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O presidente da Aprofir, Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso, Hugo Garcia, participou, na última sexta-feira, do Congresso Prefeitos do Agro, em Sorriso, do debate “Novas Tecnologias – o que esperar do futuro”. 

Na ocasião, Garcia lembrou que a Aprofir foi criada em 2014, por agricultores do município, com o objetivo inicial de incentivar uma terceira safra no estado, especialmente o feijão, e desenvolver projetos de irrigação. 

Ele explicou que no começo o entendimento era que a irrigação seria apenas para garantir a terceira safra. Mas hoje, ela é fundamental para assegurar a primeira, a segunda e, em alguns casos, possibilitar a terceira. 

O dirigente ressaltou que a irrigação é um instrumento essencial para reduzir riscos climáticos e garantir estabilidade ao produtor. 

Garcia reforçou que a falta de água gera perdas muito maiores que o excesso. É nesse ponto que a irrigação entra para proteger o agricultor. 

No debate, Garcia destacou ainda que a irrigação pode elevar a produtividade entre 25% e 35% por hectare, além de reduzir a pressão por abertura de novas áreas, já que permite produzir mais na mesma extensão de terra. 

Ele também criticou a ausência de estudos atualizados sobre recursos hídricos no estado. 

Segundo ele, o último levantamento da Sema, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, é de 2002, embora o próprio órgão reconheça a possibilidade de irrigar até um milhão de hectares.