| Pré-candidata do PP ao senado diz que reforma administrativa e política são prioritárias para preservar a democracia brasileira.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Pré-candidata ao Senado pelo PP, a empresária Margareth Buzetti defende que o Brasil precisa urgente de duas reformas, uma delas é a reforma política e a outra é a reforma administrativa, que deveriam acontecer antes da reforma tributária.
Para ela, o atual sistema político partidário brasileiro, com os Poderes interferindo entre si, representa um perigo para a democracia.
“As decisões de cada Poder deveriam ser respeitadas. Por exemplo, uma decisão judicial não se contesta, se cumpre, mas não é o que vemos atualmente. Além de uma decisão judicial não ser acatada pelos demais, ainda é modificada. Temos assistido o Judiciário sendo politizado, o Legislativo interferindo no Executivo e o Executivo contestando a decisão dos demais. Isso é um perigo para nossa democracia”, diz ela.
Margareth Buzetti também aponta que a reforma é necessária para que novas lideranças políticas possam surgir no país.
Para ela, o sistema partidário brasileiro, com os chamados caciques comandando as legendas, não permite que novas bases sejam formadas.
Ela defende a redução do número de partidos e que eles não fiquem à mercê de alguns poucos políticos.
“As pessoas que pretendem se candidatar, fazer algo pelo país, ficam subordinadas à vontade de alguns poucos. Não há interesse que novas lideranças apareçam”.
Presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial e apontada como representante da indústria e do comércio, a empresária destaca que, antes de promover uma reforma tributária, o Brasil precisa da reforma administrativa.
Um temor da empresária é que a reforma tributária, colocada como está, possa ser um desastre para Mato Grosso.
Ainda não há um projeto definido, Senado e Câmara Federal defendem propostas diferentes e trabalham para chegar a um acordo, mas as duas propostas têm como base comum a simplificação dos tributos, concentrando a cobrança sobre o consumo. Isso pode prejudicar a economia de Mato Grosso, já que o perfil do estado é de produtor, não de consumidor, alerta a empresária.