Pessoas expulsas de área em Cuiabá, recebem menos de R$ 230 por mês

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Viniciu Antonio

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A pedido da Defensoria Pública do Estado, a UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, realizou um estudo para avaliar a situação das pessoas que ocuparam uma área denominada Brasil 21, em Cuiabá.

Elas foram retiradas do local no dia 11 de março, após decisão judicial de reintegração de posse.

De acordo com o levantamento, foram identificadas quatrocentas e 17 casas, totalizando mil 148 pessoas, a maior parte, 62%, chefiadas por mulheres.

Pessoas parda formam a maior parte dos ocupantes, sendo 60% do total de ocupante. Já as pretas são 22%.

O relatório aponta que no local estava 53 pessoas com deficiência, 29 crianças com menos de um ano de idade, 37 pessoas idosas, 13 analfabetas e trezentas e 19 desempregadas.

Cada pessoa ganhava cerca de 227 reais, segundo o estudo.

Outro dado impactante é que 17% das casas não tinham banheiro e 5% não acessavam a rede de água.

Já 25% das famílias não tinham acesso a esgoto, 9% usavam uma fossa coletiva e outros 61% tinham fossa particular.

A maior parte das pessoas nasceram no Brasil. O local ainda tinha habitantes venezuelanos, 1% colombianos e uma pessoa era da República Dominicana.