Pesquisa do IBGE aponta que 60% das empresas sofreram efeitos negativos com a pandemia

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âmara Freire

Seis em cada dez empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho,  perceberam impactos negativos em suas atividades, decorrentes da crise do novo coronavírus. É o que mostra a pesquisa "Pulso Empresa", divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. O levantamento mostra ainda que as empresas mais afetadas foram as do setor de serviços, com 65,5%, especialmente aquelas que prestam serviços a famílias, com quase 87% relatando efeitos negativos.

 

A lista inclui os bares, restaurantes, hotéis, e atividades que dependem de circulação de pessoas, como turismo e viagens. Nestes casos, os analistas do IBGE avaliam que seu desempenho é pior. Também chama a atenção o índice de 74,9% verificado no segmento de veículos, peças e motocicletas, o mais impactado no comércio, que apresentou 64,1% de percepção negativa de modo geral. Já na construção, isso ficou em 53,6% e na indústria em 48,7.

 

O coordenador do IBGE, Flávio Maguelli, ressalta ainda que a percepção de impacto negativo foi maior entre as empresas de pequeno porte, chegando a 62,7%, e como elas são em maior quantidade no Brasil, isso acaba influenciando o resultado geral.

Considerando aquelas que têm porte intermediário, a proporção das que relataram impactos negativos ficou em 46,3%, chegando a 50,5% entre aquelas com 500 funcionários ou mais. A pesquisa também apontou que metade das empresas em atividade reportou redução nas vendas, mas novamente essa situação se agrava entre os pequenos negócios e é melhor no caso aqueles de grande porte.

 

Para mais de 41% das empresas, o impacto nas vendas foi pequeno ou inexiste, patamar que não chega a 28% de forma geral. Ainda de acordo com o IBGE, mais de 78% dos empreendimentos entrevistados relataram não ter feito mudanças no quadro de funcionários e apenas 15% informaram ter reduzido o número de trabalhadores.

 

Entre as medidas de reação à pandemia, 42,5% adotaram trabalho remoto para os funcionários; 28% anteciparam férias de seus colaboradores e 43,9% adiaram o pagamento de impostos.

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