Para prevenir a gripe aviária, Indea-MT colhe mais de três mil amostras de aves.mp3 |
Foto da manchete: Indea-MT
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Fiscais e médicos veterinários do Indea, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, colheram, entre fevereiro e março deste ano, três mil 465 amostras de galinhas, patos, gansos e perus de criações domésticas em 43 municípios, para acompanhar a sanidade avícola em Mato Grosso.
O monitoramento consiste em colher sangue e realizar o esfregaço da traqueia e cloaca das aves, e foi realizado em regiões por onde passam as rotas migratórias Amazônica e Brasil Central.
As aves migram do hemisfério norte para o hemisfério sul entre os meses de outubro e abril, durante as invernadas que ocorrem em seus locais de reprodução.
Segundo a médica veterinária e fiscal do Indea, Caroline Bourscheid, é preciso estar atento a essas aves migratórias, porque elas são o hospedeiro natural e o reservatório dos vírus da influenza aviária.
Ela destacou que o Indea está realizando um trabalho de vigilância ativa, percorrendo propriedades rurais inseridas em áreas de concentração de aves silvestres e corpos d'água.
De fevereiro a março, os servidores do Indea percorreram 105 propriedades inspecionando e realizando amostragem de aves de fundo de quintal.
Caroline explicou ainda que criações de aves para subsistência são consideradas sentinelas para a vigilância de doenças aviárias, porque elas podem ser as primeiras a apresentarem a doença, como foi observado nos países vizinhos que registraram a gripe aviária.
A veterinária disse ainda que a estratégia é visitar as propriedades, colhendo amostras para que, em caso de algum resultado positivo para a doença, o órgão possa agir rapidamente na contenção do vírus.
Nas visitas a equipe do Indea aproveita para orientar os produtores para que procurem o Instituto caso alguma ave apresente sintomas da doença.
Mato Grosso e o Brasil seguem livres da doença, mas casos foram confirmados em outros países da América do Sul no fim do ano passado e, mais recentemente, na Bolívia, Argentina e no Uruguai.
Por fazer fronteira com a Bolívia, Mato Grosso tem reforçado as ações de vigilância para evitar a introdução da doença no estado.