Ocupação irregular cresce na Amazônia, diz pesquisa

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Por Isidoro Calixto - Repórter da Rádio Cultura - Pará

O levantamento do projeto Mapbiomas, divulgado na última quinta-feira, dia da favela, mostra que o crescimento dessas comunidades no Brasil aumentou o equivalente ao território de 11 cidades de Lisboa, capital de Portugal, que possui uma área de 100 km². O estudo foi feito através de e imagens de satélite captadas entre 1985 e 2020. Ao todo, 4,66% do crescimento de áreas urbanizadas, entre 1985 e 2020, têm características de ocupação informal. Júlia Shimbo, pesquisadora do Ipam e coordenadora científica do Mapbiomas, explica que metade da cidade de Belém é ocupada pela informalidade.

Dos biomas presentes no Brasil, a Amazônia lidera essa expansão em número percentuais, com 18,2%, o aumento das ocupações desse território sendo informais. Os estados onde esse bioma é encontrado também lideram quando o total da área é analisado. No estado do Amazonas, a informalidade responde por 45% da área urbanizada, no Amapá, 22%, no Pará, 14%, e no Acre, 12,6%. Uma alta média de 2,55%, ao ano, a maior de todos os biomas. Julia Shimbo diz que essa ocupação irregular impacta a qualidade de vida da população.

De acordo com os pesquisadores, em relação à ocupação urbana, em geral, embora a Mata Atlântica ainda concentre mais da metade desses espaços no Brasil, o Cerrado foi o bioma que mais perdeu vegetação nativa para a expansão urbana. Dos mais de 388 mil hectares de vegetação nativa que foram convertidos para áreas urbanizadas, ano-a-ano, 33% estavam no cerrado. Em segundo lugar vem a Amazônia com quase 92 mil hectares.

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