O Brasil tem 16% de jovens “nem-nem”, aqueles que não estudam, ou trabalham

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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Dados captados pela segunda edição do Atlas da Juventude, apontam que os efeitos da pandemia, que agravou ainda mais o quadro social brasileiro, afetou especialmente os mais jovens.

Houve um crescimento considerável dos chamados jovens “nem-nem”, ou seja, daqueles que não estudam, ou trabalham.

De 10% dessa população, em 2020, saltou, em 2021, para 16%.

Para a presidente-executiva da Brasil Júnior, Confederação Brasileira de Empresas Juniores, Fernanda Amorim, o levantamento pode ajudar a embasar políticas voltadas à inclusão e a uma educação de melhor qualidade.

“Os efeitos da pandemia sobre a vida do jovem são visíveis. Os jovens que estão trabalhando são, em sua maioria, estudantes e se dividem principalmente entre os que são dependentes financeiros de suas famílias e aqueles de quem o domicílio depende do seu salário”, explica Fernanda.

Segundo as informações obtidas pelo Atlas, as principais atividades exercidas continuam sendo empregos com carteira assinada, principalmente entre os mais velhos, e aprendizes.

Os trabalhos autônomos são mais comuns na faixa dos 25 a 29 anos e em áreas urbanas.

A ajuda doméstica sem remuneração é mais comum na faixa dos 15 a 17 anos e em áreas rurais. Entre jovens consultados que não estão trabalhando, 30% não estão estudando.

A grande maioria continua procurando alguma colocação. Dentre estes, 40% estão nessa busca pela primeira vez.

A dependência financeira é a realidade da grande maioria deles, mas 7% contribuem para sustentar o domicílio, total ou parcialmente – detalha a presidente executiva da Brasil Júnior.

Dentre os jovens que não estão trabalhando, 60% não tiveram qualquer atividade remunerada neste período.

Os 40% restantes obtiveram alguma renda na informalidade ou no trabalho autônomo. Destes, 20% fizeram trabalhos pontuais sem carteira assinada e 10% trabalharam por conta própria ou abriram um negócio, o que mostra uma crescente no desejo dos jovens de empreender

Dos jovens que declararam não estar trabalhando e nem procurando trabalho, quase a totalidade é de dependentes financeiros. 

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