Neri Geller critica as altas taxas de juros do Plano Safra 20222023.mp3 |
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Por Jurandir Antonio|Com assessoria – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O deputado federal e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Neri Geller, do PP de Mato Grosso, criticou as taxas de juros fixadas para os programas de financiamentos estabelecidas no Plano Safra 2002/23, sobretudo, para os pequenos e médios produtores, em relação a financiamentos para aquisição de tratores e colheitadeiras.
A preocupação do parlamentar é gerar uma bolha de endividamento sem precedentes, como foi em 2004.
Neste ano, o Governo Federal disponibilizou quase 341 bilhões de reais para o setor, 36% maior do que no ano passado.
Segundo Neri, as taxas de juros estão absolutamente exageradas. Ficou em 12,5% o Moderfrota para financiar trator, colheitadeira. Segundo ele, ficou caro também para custeio.
“As taxas de juros para o pequeno e médio produtor precisam ser equalizadas”, defendeu Neri.
O Programa ABC, responsável pela recuperação de áreas de pastagens degradadas e implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas, receberá pouco mais de seis bilhões de reais, com taxa de juros de 7% ao ano para ações de recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente e de 8,5% para as demais.
Por meio de programas como o Inovagro, o Plano Safra disponibiliza recursos para o incentivo à inovação tecnológica, investimentos necessários para a adoção de boas práticas agropecuárias, além de gestão da propriedade. Para isso, foram disponibilizados três bilhões e meio de reais em recursos, com juros de 10,5% ao ano.
Entre os financiamentos previstos no Plano Safra 2022/2023 estão os investimentos relacionados a sistemas de conectividade no campo, softwares e licenças para gestão, monitoramento ou automação das atividades produtivas, além de sistemas para geração e distribuição de energia produzida a partir de fontes renováveis.