IBGE aponta nova redução de pessoas em condições de extrema pobreza

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional

Edição: Aline Cordeiro / Edgard Matsuki

Foto: Arquivo/Agência Brasil

As parcelas da população brasileira que viviam em condições de pobreza e extrema pobreza caíram em 2024 pelo terceiro ano consecutivo, passando de quase 57 milhões em 2023 para 48 milhões em 2024, o que representa mais de 8,6 milhões de brasileiros fora das linhas de pobreza e extrema pobreza.

Os dados fazem parte do levantamento "Síntese de Indicadores Sociais", divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE. O pesquisador André Geraldo de Morais Simões, responsável pelo estudo, associou o resultado a fatores como o processo de recuperação do mercado de trabalho:

"Tanto o mercado de trabalho aquecido ele atuou no sentido de reduzir a pobreza, quanto os benefícios de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. Que eles ganharam maiores valores. Ampliaram o maior número de população que recebeu esses valores", diz.

A queda nos números, no entanto, não eliminou a existência de disparidades regionais e de cor e raça no país. As taxas de pobreza e extrema pobreza nas regiões Norte e Nordeste seguem acima da média nacional. Outra desigualdade demonstrada é racial. Entre os pretos, a pobreza chegava a 25,8% e a extrema pobreza a 3,9%. Na população parda, 29,8% eram pobres e 4,5% viviam em situação de extrema pobreza. Já entre os brancos, os índices foram menores: 15,1% eram pobres, enquanto 2,2% estavam na extrema pobreza.