Hepatites virais atingem 680 mil pessoas no Brasil nos últimos 21 anos.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasil
Por Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
Uma doença silenciosa, que na maioria das vezes não apresenta sintomas, deve ter atenção. Estamos falando das hepatites virais, que atingem o fígado, órgão vital para o funcionamento do corpo, e, segundo dados do Ministério da Saúde, levam à morte mais de um milhão de pessoas, por ano, no mundo. No caso da hepatite C, por exemplo, a taxa de mortalidade pode ser comparada à do HIV e da tuberculose. No Brasil, essa forma de hepatite já atingiu mais de 680 mil pessoas nos últimos 21 anos.
Com objetivo de alertar sobre os riscos e a importância do diagnóstico precoce, 28 de julho foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Também o Brasil criou um mês de alerta, através da Lei 13.802, de 2019, instituindo o “Julho Amarelo”, para reforçar as ações de conscientização sobre as hepatites virais.
Durante a pandemia da Covid-19, o desafio para detectar novos casos de hepatite tem sido ainda maior, pois muitas pessoas deixaram de procurar atendimento médico, temendo se expor à infecção pelo novo coronavírus.
A coordenadora da gerência de hepatites virais da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Clarice Gdalevici, ressalta a importância das medidas de prevenção e tratamento. Segundo ela, quanto mais cedo diagnosticada, mais simples pode ser o tratamento e as vacinas para essas doenças devem ser aplicadas logo na infância. Para grávidas, deverá ocorrer uma consulta com um médico para saber se o melhor a ser feito é a aplicação de vacinas, ou, a ingestão de medicamentos.
Atualmente, existem testes rápidos para detectar os vírus B e C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Além disso, a vacina contra a hepatite B é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.
Edição: Bianca Paiva / Guilherme Strozi