Governo não vai intervir em juros de bancos públicos, diz porta-voz.mp3 |
O governo não vai intervir na politica de juros do Banco do Brasil. A afirmação é do porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
Nessa segunda-feira (29), durante discurso em um evento de agronegócio em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro disse que iria pedir ao banco redução de juros ao setor.
Após a declaração de Bolsonaro, em tom de brincadeira, a bolsa reagiu mal e as ações do Banco do Brasil chegarem a operar em queda, mas se recuperaram no fim do dia.
O porta-voz também fez referência à fala do presidente sobre tributação de igrejas. Bolsonaro postou um vídeo na internet negando que o governo tenha intenção de cobrar novo imposto sobre o dízimo pago a igrejas.
O vídeo do presidente foi uma resposta a declaração do secretário da Receita, Marcos Cintra, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Cintra disse que gostaria de criar na reforma tributária um tipo de contribuição para simplificar a tributação no país, com o fim de imunidades, inclusive para igrejas. Nesta segunda, Cintra se reuniu com Bolsonaro no Palácio.
Outro tema da coletiva do porta-voz foram as publicidades de empresas públicas.
Questionado sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de mandar suspender uma propaganda publicitária do Banco do Brasil, Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro dará as diretrizes para todas as propagandas de governo.
Sobre a eventual retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro disse ser pessoalmente contra, segundo informou o porta-voz.
O Coaf, que é especializado em identificar ocorrências suspeitas de "lavagem de dinheiro ou ocultação de bens", e era vinculado ao então Ministério da Fazenda, hoje Ministério da Economia, passou a ser subordinado à pasta de Justiça e Segurança Pública.
Mas, para se manter ligado ao Ministério da Segurança Pública, a Medida Provisória 870, que reestrutou os ministérios, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. A MP vence em junho.