Governador veta dinheiro para construção de creches e conselheiro TCE/MT cobra responsabilidade com a infância

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Foto da manchete: Divulgação/TCE

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio

 

O Presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura do TCE, Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antonio Joaquim lamentou o veto do governador Mauro Mendes à emenda aprovada, por unanimidade, pelos deputados estaduais na Lei Orçamentária Anual de 2024, que destinava recursos para construção e ampliação de creches nos municípios mato-grossenses.

Para justificar o corte no dinheiro que iria para a construção de novas creches no estado, o governador alegou aspecto técnico e “ofensa ao interesse público”.

O conselheiro afirmou que é preciso refletir sobre a razão alegada por Mendes, e pediu que tanto o governador quanto os deputados reconsiderem a situação e mantenham os recursos para atender a educação infantil.

Um levantamento realizado pelo do Gaepe, Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política de Educação em Mato Grosso, que tem o conselheiro como membro, identificou que faltam 15 mil vagas em creches em Mato Grosso.

Antonio Joaquim ressaltou ainda que espera mais sensibilidade política e uma visão mais moderna, que leve as autoridades do Executivo e do Legislativo a entenderem que a educação infantil exige cooperação e interação entre os diferentes níveis de Governo.

O conselheiro afirmou ainda que o legalismo técnico tem que ser tratado com muito cuidado, pois ao se colocar as regras acima das necessidades humanas, comete-se um perigoso equívoco do engessamento ou inação diante de situações que precisam de ousadia, de visão mais avançada das autoridades públicas.

Antonio Joaquim criticou o “legalismo técnico” disse que espera que o governador e os deputados, como homens públicos, mas também como chefes e membros de famílias, pensem e ajam com modernidade.

O conselheiro classificou a decisão de Mauro Mendes como um perigoso equívoco diante de situações que precisam de ousadia, de visão mais avançada das autoridades públicas.

Antonio Joaquim lembrou que “lugar de criança é nos orçamentos públicos. Quando se cuida de crianças estamos pensando no nosso próprio futuro enquanto humanidade e enquanto sociedade”