Evento ressalta papel dos produtores na retirada da vacina contra a febre aftosa.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Os produtores rurais do país são os atores principais neste novo momento da retirada da vacina contra a febre aftosa.
Dos quatro pilares para evitar a doença: vacinação, vigilância, mitigação de riscos e emergência, a vacinação vai sair de cena e as demais terão que ser fortalecidas.
A avaliação foi feita durante a 7ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, que aconteceu na capital mineira, Belo Horizonte.
Segundo o fiscal do Ministério da Agricultura, Diego dos Santos, quem está no dia a dia são os produtores rurais, e eles serão os protagonistas em detectar se há ou não foco de aftosa no país, com a retirada da vacina, já que apenas 2% das propriedades rurais são fiscalizadas semestralmente pelo Ministério, enquanto nos estados, são em torno de 4% das propriedades.
Consciente disso, a Coordenadoria de Sanidade Animal, do Indea, Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, já abriu algumas frentes de trabalho para atuar junto aos produtores.
O coordenador de Sanidade Animal do Indea, Felipe Peixoto, explicou que no plano estratégico, estão previstas ações de educação sanitária para aproximação com o produtor.
Entre elas: campanhas de comunicação, confecção de livro contendo metodologias para que ele possa notificar suspeitas da doença, além de treinamentos simulados para atendimento de emergências sanitárias, para gerar mais confiabilidade no sistema e mais tranquilidade ao produtor.
Ele também destaca a importância do Fesa, Fundo Emergencial de Sanidade Animal, neste processo.
“Ele dá sustentabilidade ao processo, porque 50% do total arrecadado vai para a indenização do produtor. Se tiver foco de aftosa, ele tem este recurso para indenizar em caso de prejuízo”, destacou Peixoto.
A partir do segundo semestre, o Indea, assim como outros órgãos de defesa agropecuária do país, vai receber consultoria para preparação da mudança no status sanitário.
De acordo com Diego dos Santos, a economia do produtor, com a vacinação, é estimada em 150 milhões de reais no país.
Em Mato Grosso, será em torno de 72 milhões de reais por ano, por ter o maior rebanho bovino do Brasil, aproximadamente 32 milhões de cabeças.