Estudo registra rotina de onças-pintadas em reservas ambientais na região de Alta Floresta

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Foto da manchete:  Bruno Kelly

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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Entre os animais silvestres que mais sofrem com a redução das áreas de floresta nativas, a onça-pintada é apontada oficialmente como espécie vulnerável no Brasil e, por isso, tem sido alvo de muitos estudos que monitoram sua população, hábitos e fatores que ameaçam a espécie, como os incêndios florestais.

Considerado o maior felino das Américas, em Mato Grosso, a espécie está presente no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado.

Estudos científicos realizados desde a década de 1980 demonstraram que a população de onça-pintada na Amazônia estava estimada em 10 mil indivíduos e nas últimas três décadas perdeu 30% da sua população.

Em alguns estados do sul do Brasil, a onça é apontada como espécie criticamente ameaçada.

Para entender o cotidiano das onças-pintadas da Amazônia em uma área totalmente conservada e livre de qualquer ameaça, é preciso saber entre outras coisas os períodos do dia de maior atividade, os locais de maior concentração e como a espécie se comporta em áreas onde existe a presença humana.

Os estudos estão sendo desenvolvidos pelo projeto “Looking for Jaguar” da Fundação Ecológica Cristalino nas Reservas Particulares de Patrimônio Natural Cristalino, localizadas no norte de Mato Grosso, sul da Amazônia.

Ao completar a sexta expedição em 2023, o projeto totalizou 16 registros de indivíduos da espécie onça-pintada desde o início do projeto em 2022.

No caso da onça-parda, o projeto tem mais de 70 registros.

Localizadas na Amazônia mato-grossense, município de Alta Floresta, as Reservas Particulares de Patrimônio Natural Cristalino são utilizadas como área de vida das onças em toda a sua extensão.

O projeto visa estimar o tamanho da população de onças-pintadas das Reservas do Cristalino, através do monitoramento de mamíferos por meio de armadilhas fotográficas.