ESTÍMULO À VIOLÊNCIA. “PL do estuprador” tem a digital de dois deputados de Mato Grosso

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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O projeto de lei da Câmara dos Deputados que equipara aborto acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo em caso de estupro, feto anencéfalo ou gravidez de risco a vida da mãe, tem 33 autores.

Segundo a proposta, a pena para a mulher que interromper uma gestação com mais de 22 semanas é de seis 20 anos de prisão. Hoje a pena para estupro é de seis a 10 anos de prisão.

Dos deputados que assinam o projeto, 11 são mulheres e dois parlamentares são de Mato Grosso.

A coronel Fernanda e Abilio Brunini, ambos do PL de Bolsonaro.

Ao discursar em defesa do projeto, o deputado federal Abílio causou mais indignação ao afirmar que mulheres abortam para “curtir e viver a vida”.

Ele provocou reações até de parlamentares que atuam no mesmo campo político dele, como a deputada Gisela Simona, do União Brasil, que classificou a declaração de Brunini como “infeliz”, lembrando que estupro é um crime grave, que precisa ser tratado com seriedade.

Já a senadora Margareth Buzetti, do PSD, também criticou a fala de Abílio Brunini, e afirmou que a questão do aborto no Brasil tem que ser tratada com “responsabilidade”.

Segundo a senadora, falando dessa forma, Abílio julga todas as mulheres como se fossem irresponsáveis, como se tivessem matando uma vida.

Por último Buzetti mandou um recado curto e grosso para Abilio Brunini. "Meu filho, vai caçar o que fazer!