| Empresários temem que reforma tributária possa gerar um colapso econômico para Mato Grosso.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
A reforma tributária em discussão no Congresso Nacional preocupa o setor produtivo mato-grossense.
As duas propostas de emenda constitucional em análise têm como base a simplificação dos tributos, concentrando a cobrança sobre o consumo.
Isso pode prejudicar a economia de Mato Grosso, já que o perfil do estado é de produtor e não de consumidor.
"A proposta oferece um risco seríssimo para Mato Grosso e também para estados do Norte e Nordeste, pois transfere a base de arrecadação para o local de consumo.
Isso pode gerar um colapso econômico", afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, durante reunião do setor produtivo com o senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, na sede da Fiemt.
Fagundes integra a comissão mista responsável por avaliar as propostas de emenda constitucional e produzir o texto final a ser encaminhado para votação, o que deve ser feito em 45 dias.
A expectativa do governo federal é aprovar a reforma ainda no primeiro semestre. Ele explicou os trâmites e se comprometeu a receber e considerar propostas do setor produtivo mato-grossense.
Para Gustavo, a proposta de reforma deve ser o mais abrangente e completa possível, sem deixar pontos para decidir depois.
"Caso contrário, corremos o risco de investimentos migrarem de Mato Grosso para o sul e sudeste. E não teremos outra oportunidade para voltar ao tema nos próximos anos", alertou Gustavo de Oliveira.
O presidente da Fiemt disse ainda que para a indústria, a simplificação tributária é importante, porém o principal e deixar o caminho aberto para a redução da carga tributária.