Diferença de renda média mostra o abismo social entre as cidades mato-grossenses.mp3 |
Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A diferença de renda média entre os estados brasileiros continua sendo forte indicador da histórica desigualdade social do país.
Um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas esta semana mostra que a população mato-grossense tem a 8ª maior renda média do país. O Maranhão tem a pior renda do Brasil.
Com base nos dados declarados no Imposto de Renda Pessoa Física, o cálculo da FGV Social mostra que a população de Mato Grosso tem o rendimento médio de mil 172 reais e 44 centavos.
Ainda que estejam entre as populações dos dez estados mais bem colocados no ranking, os mato-grossenses recebem cerca de 2,5 vezes menos que o Distrito Federal, onde o rendimento médio chega a dois mil 981 e quatro centavos.
Nesse critério, Cuiabá também figura entre as dez capitais com maiores rendimentos do país, na 9ª posição.
Na capital mato-grossense, a renda média é de dois mil 360 reais e 17 centavos, com 23,35% da população declarando Imposto de Renda.
O número, por sua vez, expressa abismos sociais dentro do próprio Mato Grosso, já que a população de municípios como Rondolândia, a noroeste do estado, recebe em média 13 vezes a menos que isso.
O pequeno município, com população estimada pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em quatro mil habitantes, tem renda média de pouco mais de 168 reais.
Situação parecida com a observada em Barão de Melgaço, em que a população tem renda média de 187 reais e 35 centavos e Cotriguaçu, que tem renda média de 194 reais e 47 centavos.
Já no topo da lista, junto com Cuiabá, aparece o município de Sorriso, cuja renda média mensal da população é de cerca de dois mil e 27 reais.