| Depoimento de Silval Barbosa na “CPI do Paletó” deixa Ministério Público em saia justa.mp3 |
Sapicuá Rádio News - Voz: Vinícius Antônio
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito, “CPI do Paletó”, na Câmara de Vereadores de Cuiabá, nesta segunda-feira, o ex-governador Silval Barbosa afirmou que o então chefe do Ministério Público, Paulo Prado, sabia dos pedidos de extorsão dos deputados estaduais, mas não fez nada.
Silval disse que em dois encontros com Prado, contou ao chefe do MP sobre as tentativas de extorsão por parte dos membros da Assembleia Legislativa.
Silval Barbosa disse que, numa das reuniões, chegou a ser discutida a possibilidade de gravação das extorsões. “Ficou de estudar e ficou por isso mesmo”, afirmou o ex-governador.
Segundo Silval Barbosa, uma comissão de deputados o procurou exigindo dinheiro para não dificultar as obras do MT Integrado e da Copa do Mundo. Essa comissão pediu a quantia de um milhão de reais para cada 1 dos 24 deputados estaduais.
O ex-governador contou que cedeu às pressões e buscou um entendimento com os deputados estaduais.
“Fechei em 600 mil reais para cada deputado, em parcelas de 50 mil por mês”.
No depoimento, Silval Barbosa reafirmou que o ex-deputado Emanuel Pinheiro, hoje prefeito de Cuiabá e demais parlamentares receberam dinheiro de propina, desviado de recursos do MT Integrado, dos incentivos fiscais e das obras da Copa do Mundo.
Por outro lado, o procurador de Justiça e ex-chefe do Ministério Público Estadual, Paulo Prado, mencionado no depoimento do ex-governador Silval Barbosa, afirmou em nota que sabia do esquema de propina, apelidado de “mensalinho”, para não “incomodar” Silval na Assembleia Legislativa.
Entretanto, de acordo com Prado, o ex-governador nunca chegou a formalizar a denúncia no Ministério Público Estadual e o esquema teria sido mencionado apenas em uma conversa no gabinete do Palácio Paiaguás.