| Com novo afastamento, prefeito de Cuiabá só deve retornar ao cargo no ano que vem.mp3 |
Foto da manchete: Prefeitura de Cuiabá
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da Capital, Bruno D'Oliveira, deferiu liminar e determinou novo afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB.
O novo afastamento terá duração de três meses, por supostos atos de improbidade administrativa.
De acordo com o magistrado, a medida é necessária para a instrução processual da ação proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, e "para evitar a iminente prática de novos ilícitos".
"DEFIRO a medida cautelar de afastamento de Emanuel Pinheiro do cargo de Prefeito Municipal do Município de Cuiabá, pelo prazo inicial de 90 (noventa) dias", escreveu o juiz.
Processo investiga contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde, assim como o pagamento de valores vedados, a título de Prêmio Saúde, a centenas de contratados.
O esquema apurado causou, segundo as investigações, prejuízo de 16 milhões de reais aos cofres públicos de Cuiabá.
O 'Prêmio Saúde’ variava de 70 reais a cinco mil reais, para acomodar e atender compromissos de aliados.
As investigações começaram a partir da colaboração premiada do ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, ao Ministério Público Estadual
Segundo o MP, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá tem hoje seis mil 696 servidores, sendo que, desses, três mil 565 são contratados temporários, ou seja, 53,23% dos funcionários da pasta.
Já na empresa Cuiabana de Saúde Pública, também administrada pela prefeitura de Cuiabá, são mil 827 servidores, dos quais mil 803 contratados temporários, ou seja, 98,68% dos servidores.
Ao todo, só de funcionários contratados, o sistema de saúde do município de Cuiabá conta com cinco mil 368 contratados temporários.
Com o novo afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o vice, José Roberto Stopa, do PV, segue no comando do município.