| 09 China será decisiva para manter equilíbrio no mercado do boi gordo nos próximos meses.mp3 |
Foto da manchete: Wenderson Araujo/Sistema CNA/Senar
Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
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De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, as exportações de carne bovina para a China serão determinantes para o equilíbrio dos preços do boi gordo nos próximos meses.
A análise aponta que a manutenção do fluxo de embarques ao país asiático será essencial em um cenário de oferta elevada no curto prazo.
Segundo o gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, o fluxo regular das exportações de carne bovina para a China será fundamental para evitar pressão sobre as cotações do boi gordo, considerando o aumento da oferta de animais de pasto e o período sazonal de descarte de fêmeas.
No mercado futuro, o preço médio da arroba do boi para 2026 foi cotado a 333 reais e 10 centavos em 12 de dezembro, o que representa alta de 6% em relação a 2025.
O relatório destaca que a expectativa é de uma moderação gradual da oferta ao longo do próximo ano, o que pode contribuir para a estabilização das cotações no médio prazo.
A China adiou para janeiro a decisão sobre o processo de investigação de salvaguarda que envolve o setor de carne bovina, um tema sensível para o Brasil, principal fornecedor do mercado chinês, e para outros exportadores globais.
O adiamento reduziu a pressão sobre os contratos futuros de dezembro, enquanto o mercado físico permanece estável, limitando novas altas nos vencimentos mais curtos.
Embora a relação entre os preços da carne e do boi ainda indique algum espaço para valorização, a grande quantidade de oferta impede movimentos mais fortes de alta.
Já as margens projetadas para os confinamentos permanecem positivas, sustentadas pelos preços futuros do boi e pelos custos de ração ainda controlados.