Campanha nacional mostra os erros de associar obesidade à doença

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Foto da manchete: Agência Brasil 

 

Por Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Quatro de março é o Dia Mundial da Obesidade. E o foco da campanha deste ano da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia é a importância de diminuir o preconceito, entender as causas e reforçar a relevância do tratamento adequado.

A obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças, como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e câncer. Levantamento apresentado pela Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, ressalta que obesos são constantemente constrangidos porque muitas pessoas não entendem que o problema tem causas profundas e complexas.

Noites mal dormidas, por exemplo, podem levar à obesidade. É o que explica a doutora Luciane Mello, pesquisadora do Instituto do Sono. Segundo ela, "quando a gente dorme mal, desregulamos nossos hormônios o que pode levar a um aumento da fome e da falta de saciedade de comida", explica. 

Para especialistas, é necessário ir além do básico comer menos e exercitar mais. Em um estudo publicado na revista Science, o fisiologista Lindo Bacon, professor da Universidade da Califórnia, nos Estado Unidos, destaca que há pessoas classificadas como obesas, que não têm sinal de doença. Ele considera que a gordofobia, preconceito contra pessoas gordas, pode desencadear transtornos psicológicos.

Já a professora e pesquisadora Malu Jimenez, da Universidade Federal de Mato Grosso, em seu livro “Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”, apresenta uma reflexão sobre o significado do Dia Mundial da Obesidade.

Em referência ao Dia Mundial da Obesidade, o Instituto Obesidade Brasil, promove no sábado, dia 12, o evento Obesidade em Pauta: Menos Estigma, mais acolhimento. O encontro terá transmissão online pelas redes sociais do Instituto, a partir das 8h30, com a participação do ator Rodrigo Santoro.

Edição: Leila Santos / Guilherme Strozi

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