| Caminhoneiros classificam auxílio de Bolsonaro como esmola e tentativa de compra de voto.mp3 |
Foto da manchete: reprodução da internet
Por Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O presidente da Abrava, Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim, o Chorão, classificou como "esmola" e tentativa de "compra de voto" a PEC dos Auxílios, também conhecida como PEC kamikaze, que prevê o pagamento de um voucher de mil reais para os caminhoneiros até o fim do ano.
Chorão afirmou que o valor de mil reais é insuficiente para "resolver os problemas dos caminhoneiros autônomos", além de ser uma "afronta" à inteligência dos profissionais, por se tratar de uma "clara tentativa" de comprar o voto dos motoristas.
Ao se referir à PEC como uma "esmola", Chorão diz que os caminhoneiros "não são burros" e alega que o valor é insuficiente, sobretudo por não haver estabilidade no preço dos combustíveis, dada a política de preços adotada pela Petrobras, que se baseia no mercado internacional, ou seja, atrelada ao dólar.
Em um recado direto a Jair Bolsonaro, o líder dos caminhoneiros pede ao presidente que "não duvide de nossa inteligência", pois os profissionais "não precisam de esmola".
“Somos nós que carregamos o Brasil nas costas", completou Chorão, que sugeriu a possibilidade de paralisação da categoria.
Além de Chorão, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, Carlos Alberto Dahmer, disse que o auxílio de mil reais é um "desaforo" por tentar "comprar o cidadão".
"É a tentativa de comprar o motorista com algo que não resolve, é uma esmola", protestou Dahmer.
Em relação à possibilidade de paralisação dos caminhoneiros, Dahmer afirmou que os constantes aumentos nos preços dos combustíveis provocam o desejo por greve na categoria.
