Aumento do consumo de álcool durante o isolamento social preocupa especialistas

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

O aumento do consumo de álcool durante o período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus é preocupante.

 

O alerta é da presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, Renata Brasil Araújo.

 

Segundo ela, inicialmente, a bebida parece trazer euforia, mas, depois, diminui a ativação do freio do cérebro, chamado de lobo pré-frontal.

 

As pessoas ficam com efeitos de mais sedação, mas um efeito colateral é o aumento da impulsividade. E "ficando sem freio", pode ocorrer um aumento nos índices de violência, em especial, a doméstica e no número de feminicídios.

 

Renata Brasil Araújo destacou que o crescimento do consumo de álcool acontece em um momento de isolamento, quando o acesso ao tratamento de dependências químicas está mais difícil.

 

Além disso, segundo ela, algumas pessoas que aumentarem o consumo da bebida durante a reclusão poderão manter esse hábito pós-quarentena e, a longo prazo, isso pode vir a se transformar em uma dependência, que tem um componente biopsicossocial.

 

“Aquelas pessoas que já têm uma vulnerabilidade biológica e uma predisposição genética para o alcoolismo, junto com uma capacidade emocional mais frágil, estão mais suscetíveis a seguirem bebendo após a quarentena e se transformarem em dependentes do álcool, sim”, analisou pesquisadora.

 

Já o psiquiatra Jorge Jaber, especializado no tratamento de dependentes químicos, afirmou que o consumo fora de controle de bebida alcoólica gera enfraquecimento na defesa do corpo, no sistema imunológico, favorecendo assim a contaminação de doenças, como a covid-19.

 

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