Aumento da miséria no país faz Brasil volta ao mapa da fome

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Foto da manchete: Marcello Casal | Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

Texto do áudio:

O Brasil voltou ao mapa da fome. A insegurança alimentar quase dobrou, segundo a FAO, ONU, Organização das Nações Unidas e OMS, Organização Mundial da Saúde.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, entre 2018 e 2020, a fome atingiu sete milhões e meio de brasileiros.

Enquanto entre 2014 e 2016, esse número era bem menor: três milhões e 900 mil pessoas.

Já são quase 50 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar moderada ou grave.

São milhões de brasileiros que não sabem o que vão comer ou, até mesmo, se vão comer.

Segundo José Graziano, que foi diretor-geral da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, entre 2012 e 2019, o desmonte das políticas de segurança alimentar começou na gestão do presidente Michel Temer e aumentou no governo de Jair Bolsonaro, deixando o Brasil em uma posição de fragilidade para garantir a alimentação adequada da população.

 Na avaliação do ex-diretor da FAO, o preço que será pago pela falta de prioridade nas políticas de combate à fome e à segurança alimentar no país é “altíssimo”.

Graziano disse ainda que "pobreza extrema é um eufemismo para miséria, que é aquela situação onde as pessoas não conseguem comprar nem a cesta básica necessária para sua alimentação.

Ele destacou que o governo Bolsonaro tem continuado o desmonte das políticas de combate à fome, o que provocou o aumento do número de miseráveis no país, e a consequência disso é o retorno do Brasil ao Mapa da Fome.

Já a Fundação Getúlio Vargas, a FGV Social, afirma que são quase 28 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil. 

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