| PARA TURBINAR 29.mp3 |
Foto da manchete: Assessoria OPAN
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Um levantamento feito pela OPAN, Operação Amazônia Nativa, a partir de informações da Agência Nacional de Mineração, mostra que que dos 90 milhões de hectares da área total de Mato Grosso, 21 milhões e meio deles estão dominados por atividades garimpeiras, ou seja, quase um quarto do território mato-grossense.
Além disso, chama atenção o aumento no número de processos minerários nos últimos sete anos.
Em 2018, foram registrados sete mil 526 processos, quantidade que saltou para 11 mil 859 no início de 2024, o que representa um aumento de 57,6%.
Isso sem falar nos dados de garimpo ilegal, que não foram contabilizados no levantamento.
Segundo os dados, as atividades mineradoras e de garimpo têm se intensificado em todas as suas fases, desde o requerimento de pesquisa até a exploração.
É o caso do Requerimento de Lavra Garimpeira que permite a extração de minério sem a necessidade de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental, o que facilita a implantação da atividade.
Além disso, o Requerimento de Lavra pode ser feito por pessoa física, jurídica ou associações, outro fator facilitador.
Segundo o geógrafo Cristian Felipe Pereira, é possível encontrar casos em que os exploradores escolhem uma região e abrem uma série de Lavras Garimpeiras, uma ao lado da outra, que, somadas, formam uma área enorme.
Em Mato Grosso, o foco dos processos se concentra em cinco principais minerais.
O ouro lidera com 52% da área visada pela mineração, somando mais de 11 milhões de hectares.
O cobre vem na sequência, representando 23% da área. O diamante, o manganês e o chumbo dividem a terceira posição com 3% cada.