| Aprosoja alerta que aumento de 350% nos fertilizantes pode inviabilizar a produção agrícola.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O preço dos principais fertilizantes teve aumento de mais de 350%, saindo de uma média de 350 dólares por tonelada, na safra passada, para mil e 300 dólares por toneladas na safra deste ano, um percentual de reajuste que, segundo a Aprosoja, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, pode gerar desabastecimento de alimentos no mercado mundial.
Esse impacto no aumento dos preços, segundo o presidente da entidade, Fernando Cadore, não será sentido apenas pelo produtor rural, mas também vai afetar o consumidor final, o cidadão, que terá menos alimentos nas prateleiras do supermercado.
Como Brasil e Mato Grosso são grandes produtores, o efeito pode ter escala global, ressaltou Cadore.
O presidente da Aprosoja disse ainda que a entidade sugeriu à Frente Parlamentar da Agropecuária que acione o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, cobrando explicações das empresas sobre o reajuste no preço considerado pelo setor produtivo como “abusivo e inexplicável” ou mesmo como “formação de cartel”, ou seja, com intuito de gerar lucro às poucas indústrias que atuam no país.
Além do cloreto de potássio, que variou de 350 para mil e 300 dólares por tonelada de uma safra para a outra, o fosfato monoamônico, conhecido pela sigla MAP, saiu de um média de preço de 480 dólares para mil e 400 dólares por tonelada da safra anterior para a atual.
Frente à situação, a Aprosoja-MT alerta que os valores atuais são “impraticáveis” e devem inviabilizar a produção agrícola no Brasil.
