Apesar da queda na arrecadação, economia dá sinais de reação em julho

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Por Victor Ribeiro - Brasília

A arrecadação do governo federal teve o pior resultado para o mês de julho desde 2009, quando o mundo passava pela crise desencadeada por especulações no setor imobiliário. No mês passado, as receitas da União somaram R$ 115,99 bilhões, com redução de 17,68% na comparação com julho do ano passado, já descontada a inflação.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou que, neste ano, o mês de maio teve a pior arrecadação. A segunda pior foi em junho e o mês passado teve o terceiro pior resultado. De acordo com Malaquias, isso indica a recuperação da economia brasileira.

A equipe econômica está tão otimista com a retomada da economia, que atualizou a previsão para o PIB, Produto Interno Bruto, que reúne as riquezas produzidas pelo país durante o ano. De acordo com a Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, a economia brasileira deve ter queda de 4,7% este ano e redução de 3,2% no ano que vem.

Já os agentes do mercado não são tão otimistas. De acordo com o Boletim Focus, divulgado esta semana pelo Banco Central, o PIB brasileiro deve ser 5,52% negativo este ano; e ter retração de 3,5% em 2021.

Voltando aos dados da arrecadação, no acumulado de janeiro a julho, o país arrecadou quase R$ 782 bilhões, também com o valor mais baixo para esse período desde 2009. O governo aponta dois motivos para esse resultado. O primeiro deles é a crise econômica relacionada à pandemia do coronavírus, que reduziu consideravelmente a atividade econômica. E o segundo motivo para a arrecadação tão baixa é que o governo reduziu ou adiou a cobrança de diversos tributos.

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