Altos custos marcaram o ano de 2022 na pecuária leiteira em Mato Grosso.mp3 |
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Por Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
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O ano de 2022 para o setor lácteo em Mato Grosso foi marcado por grandes desafios, mesmo com o litro do leite pago ao produtor, registrando alta de 31,49% no entre janeiro e outubro no comparativo com o período do ano passado.
Além do alto custo de produção, a cadeia do leite enfrentou ainda a baixa qualidade das pastagens e a saída de produtores da atividade.
Fatores estes que resultaram em uma oferta limitada no campo e impulsionaram os preços nas gôndolas dos supermercados.
Segundo levantamento do Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o litro do leite pago ao produtor em 2022 atingiu a média de dois reais e 45 centavos.
Do lado do consumidor, o ano foi marcado por preços recordes com a baixa oferta de leite.
O queijo muçarela, por exemplo, apresentou valorização de 30,22% de janeiro a outubro no comparativo anual.
O Imea explicou que com a retomada das chuvas, os preços devem cair no final de 2022.
De acordo com o Imea, diante do cenário de desestímulo aos produtores visto em 2022 e um menor capital para realizar investimentos na atividade, a produção de leite em 2023 deverá oscilar conforme a sazonalidade e os efeitos do clima.
De acordo com o Imea, dentro da porteira, a perspectiva é de avanço na produção leiteira no 1º trimestre de 2023, atrelado à melhora na qualidade das pastagens diante do período de chuvas no estado.
Contudo, a seca pode reverter o cenário altista e fechar 2023 com queda na produção.
Estimativas do Imea apontam uma possível redução na produção de 3,16% no próximo ano em decorrência aos custos elevados na cadeia produtiva.