AL aprova projeto que proíbe a filmagem de professores em sala de aula

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Foto da manchete: JL Siqueira | ALMT

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em primeira votação, o projeto de lei que proíbe a filmagem de professores em sala de aula nas escolas estaduais, quando a gravação tiver por finalidade constranger ou limitar a liberdade de expressão e a ética educacional dos profissionais da educação.

 A discussão gerou muita polêmica e debate acalorado entre parlamentares conservadores e progressistas.

 A votação terminou com nove votos favoráveis e sete contrários.

Autor do projeto, o deputado Valdir Barranco, do PT, afirmou que a conjuntura política está gerando uma grande insegurança para os professores, uma vez que os educadores começam a sofrer ameaças e desrespeito, incentivados, por interesses contrários ao pluralismo de ideias que regem a educação.

 Segundo ele, em ação desonesta incitam, por meio das redes sociais, os alunos a filmarem os professores para denunciar o que denominam de ‘doutrinação comunista’, alegando ser crime.

Já o deputado Gilberto Cattani, do PSL, que defende a filmagem de professores em sala de aula, afirmou que o projeto tira a liberdade dos alunos.

 “Isso permite ao instrutor que coloque a sua opinião pessoal para as nossas crianças e não a transmissão do conhecimento. Quando damos tal liberdade, estamos tirando a liberdade”, argumentou Cattani.

 “Cattani quando fala parece que professor é inimigo, os chama de instrutor. Nunca tinha ouvido esse termo", rebateu Barranco.

Por outro lado, o deputado Eduardo Botelho, do DEM, que é ex-professor, também criticou quem defende a autorização para que alunos possam gravar ou filmar professores.

Para o parlamentar é preciso controlar o uso do celular dentro da sala de aula.

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