“Absurdo ambiental”, diz governador sobre fazendeiro que usou produtos químicos para desmatamento no Pantanal

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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O governador Mauro Mendes reforçou sua defesa para que o crime de desmatamento ilegal no Brasil seja punido com a perda da terra pelos infratores.

Nesta segunda-feira, ele usou o exemplo do fazendeiro que foi multado em dois bilhões e 800 mil reais por desmatar ilegalmente, usando produtos químicos, mais de 80 mil hectares de uma área no pantanal mato-grossense.

Mauro classificou a ação criminosa como “um grande absurdo ambiental”.

O governador disse ainda que uma única pessoa desmatou 80 mil hectares usando produtos químicos, com avião, o que dificulta a fiscalização, porque as árvores vão morrendo lentamente.

Mauro Mendes destacou que esse caso é mais uma prova “de que as pessoas estão perdendo o medo da legislação brasileira”.

O governador reforçou que em um caso como esse, fez desmatamento ilegal, tem que perder a propriedade rural, perdimento completo.

A investigação do crime ambiental no Barão de Melgaço foi iniciada em 2022, após denúncia de que uma propriedade rural do município, estava utilizando agrotóxico na região do Pantanal com a finalidade de promover a limpeza de vegetação nativa, denominado “desmate químico”. 

A conduta investigada resultou na mortandade de várias espécies de árvores por causa do uso irregular e reiterado de 25 tipos de agrotóxicos em área de vegetação nativa, promovendo o desmatamento ilegal em 11 propriedades rurais, todas no Pantanal de Barão de Melgaço.

A área do Pantanal mato-grossense desmatada pelo fazendeiro Claudecy Oliveira Lemes é maior que pelo menos 10 municípios do estado, como, por exemplo, Arenápolis, Curvelândia e Várzea Grande.