ABIN será investigada sobre espionagem de celulares de 10 mil pessoas

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Foto da manchete: Agência Brasil

 

Por Renato Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu à Polícia Federal a apuração das denúncias de irregularidades envolvendo a Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.

Isso porque, de acordo com informações da imprensa, a Agência utilizou durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, um sistema secreto para monitorar até 10 mil donos de celulares a cada doze meses.

Ainda, segundo as reportagens, a Abin teria contratado em caráter sigiloso e usado ilegalmente esse sistema de monitoramento. Dessa maneira conseguia acessar o deslocamento das pessoas e receber alertas em tempo real.

No ofício encaminhado à PF, nessa quarta-feira (15), o ministro Dino afirma que os fatos, da forma como se apresentam, podem configurar crimes contra a Administração Pública e de associação criminosa, previstos no Código Penal.

A Abin confirmou, em nota, o uso de um software de monitoramento de qualquer pessoa por meio do número de celular e que esse programa foi contratado entre dezembro de 2018 e maio de 2021.

Informou também que o órgão está em processo de aperfeiçoamento, “de acordo com o interesse público e o Estado Democrático de Direito”.

Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi

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