Vara do Trabalho de Juína concorre a prêmio nacional com projeto que estimula a conciliação.mp3 |
Por Sinara Álvares - Radioagência TRT
A Justiça do Trabalho em Mato Grosso é finalista do prêmio Cooperari, que reconhece, nacionalmente, boas práticas locais. A votação pra escolha dos vencedores está aberta pela internet até e vai até o próximo dia 30.
O projeto de estímulo à conciliação da Vara do Trabalho de Juína, no norte do estado, concorre na categoria ‘primeiro grau’. A unidade propôs a aplicação da teoria da misericórdia e solidariedade como mecanismo pra aumentar o número de acordos judiciais. O juiz Adriano Romero, da Vara de Juína, explica.
“O magistrado se coloca no lugar de cada um, ele raciocina como se fosse o autor, como se fosse o réu, como se fosse o executado, ele tenta sentir as agruras, as dificuldades de cada envolvido, para que depois possa demonstrar, de maneira muito clara, de maneira muito sincera, de maneira muito honesta e imparcial, o peso, o risco dos ônus probatórios”.
O juiz Adriano Romero explica que o projeto é essencial, ainda mais neste período de pandemia, em que muitas empresas estão fechando e, trabalhadores, ficando sem empregos. Ele também fala sobre a proatividade dos magistrados e da mudança de postura pra mediação e solução dos conflitos junto às partes.
“É um projeto, portanto, que requer um outro olhar, exige um outro olhar da magistratura, exige uma linguagem, um diálogo ativo, existe um ouvir e falar de maneira muito franca e aberta. É um projeto que ouve sim o clamor por justiça, mas consegue, de maneira imparcial, fazer todos racionarem”.
O prêmio Cooperari é realizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Ele foi instituído pra identificar as melhores iniciativas já realizadas regionalmente, nos TRTs e varas do trabalho do país. A perspectiva é escolher as melhores e colocá-las em prática nacionalmente. O juiz da Vara de Juína, Adriano Romero, ressalta a alegria de o projeto da unidade estar entre os dez finalistas.
“Isso demonstra que estamos no caminho certo e que de fato isso, todas as posturas, as atividades proativas devem ser tomadas para contribuir, para que a maioria das pessoas enxerguem os benefícios da conciliação, têm sido e têm estado dentro do que a Justiça do Trabalho nacional espera”.