Transmissão acelerada do coronavírus em Cuiabá nas últimas semanas preocupa sistema de saúde.mp3 |
Foto da manchete: reprodução Prefeitura de Cuiabá
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A taxa de transmissão do novo coronavírus voltou a subir nas últimas duas semanas em Cuiabá, depois de um breve período em queda.
Segundo o último boletim epidemiológico da Prefeitura de Cuiabá, os números registrados até 17 de julho colocam a capital “a caminho do pior cenário projetado para o final deste mês”.
Chamada ‘Rt’, a taxa de transmissão mede a velocidade de multiplicação do vírus. Para se manter estável, ela tem que ficar em 1, isso significa que cada pessoa infectada só ‘passa’ o vírus para mais uma.
Valores abaixo disso representam queda no contágio e valores acima representam alta.
Nas duas últimas semanas, a taxa de transmissão voltou a passar de 1. Conforme a análise, feita por técnicos da Vigilância Sanitária de Cuiabá em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso, o índice Rt ficou em 1,13 nas últimas semanas.
Esse número ainda pode aumentar, pois muitos casos são registrados ‘com atraso’.
O aumento na velocidade de transmissão do vírus já começa a se traduzir em um ligeiro aumento na taxa de internações em UTIs, Unidades de Terapia Intensiva, mas a taxa de ocupação dos leitos de UTI continua na zona de alerta amarelo, com menos de 60%.
A possibilidade de surgimento de variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis é preocupante, daí a importância da manutenção das medidas de distanciamento físico social, uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos, além da vacinação.
Diante da possibilidade de aumento dos casos de covid na capital, o prefeito Emanuel Pinheiro, do MDB, decidiu manter o toque de recolher no município e o escalonamento de horários do comércio, devido ao temor de um novo recrudescimento da pandemia em Cuiabá.