Presos por atos golpistas afirmam que deputada e igrejas evangélicas bancaram ônibus para Brasília.mp3 |
Foto da manchete: reprodução redes sociais
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Uma das pessoas presas pela Polícia Federal por participação nos atos golpistas do dia oito de janeiro afirmou em depoimento que a deputada federal bolsonarista Coronel Fernanda, do PL de Mato Grosso, foi responsável pela organização de um ônibus que saiu de Mato Grosso com destino a Brasília às vésperas do quebra-quebra.
Presa em janeiro, Gizela Cristina Bohrer, 60 anos, uma aposentada que mora em Barra do Garças contou à PF que chegou em Brasília na véspera do ato que resultou na destruição das sedes dos Três Poderes.
No depoimento, ela disse ter embarcado em um ônibus gratuito e que a caravana foi organizada pela deputada federal Coronel Fernanda, policial militar eleita para seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados.
De acordo com o depoimento, a deputada coordenava grupos de WhatsApp que organizava caravanas para Brasília.
Gizela disse também que as caravanas tinham objetivo de manifestar apoio ao ex-presidente Bolsonaro, e que todo mundo que estava nos ônibus tinha comida de graça.
Por outro lado, a deputada Coronel Fernanda negou ter organizado ônibus para o ato do oito de janeiro.
Outros depoimentos apontam ainda que evangélicos presos após o ato antidemocrático contaram à PF terem viajado em ônibus organizados pelas igrejas.
Ao menos duas pessoas de Mato Grosso, presas em Brasília pelo vandalismo nas sedes dos Três Poderes, declararam que suas viagens foram custeadas e incentivadas pela igreja evangélica.
Moradores de Tabaporã, disseram à Polícia Federal que foram ao Distrito Federal em uma ‘excursão da Igreja Presbiteriana Renovada’.
Neste momento, a Polícia Federal aperta o cerco contra os financiadores e organizadores dos atos antidemocráticos