PF quer investigar participação da Coronel Fernanda no financiamento de caravanas a Brasília.mp3 |
Foto da manchete: reprodução da internet
Por Vinícius Antônio – Voz: Elaine Coimbra
Texto do áudio:
A Polícia Federal solicitou ao STF, Supremo Tribunal Federal, a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Coronel Fernanda, do PL de Mato Grosso, pela suspeita de organizar ônibus para transportar bolsonaristas até Brasília para participar dos atos terroristas do dia oito de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes.
A representação pela abertura de inquérito se baseia no depoimento da aposentada Gizela Cristina Bohrer, de 60 anos, que mora em Barra do Garças.
No depoimento, ela disse ter embarcado em um ônibus gratuito e que a caravana foi organizada pela deputada federal Coronel Fernanda, policial militar eleita para seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados.
A documentação está sob análise da PF para o aprofundamento das investigações sobre os financiadores e organizadores dos atos antidemocráticos
Caso a investigação seja autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a deputada Coronel Fernanda seria o quarto parlamentar alvo de apurações dos atos antidemocráticos de oito de janeiro.
O STF já abriu inquéritos para apurar suspeitas de incitação aos atos de violência pelos parlamentares André Fernandes, do PL do Ceará, Clarissa Tércio, do PP de Pernambuco, e Silvia Waiãpi, do PL do Amapá.
No caso da Coronel Fernanda, é a primeira vez que um parlamentar é citado como organizador de caravana que visava derrubar o recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de uma intervenção militar.
A aposentada Gizela contou à PF que todo mundo que viajava nos ônibus não pagava nada, além de receber todas as refeições de graça.
Por outro lado, a deputada Coronel Fernanda nega envolvimento na organização ou contratação de ônibus para levar pessoas de Mato Grosso para participar do quebra-quebra em Brasília.