O país das Injustiças

Transformar bandidos em santos e santos em

bandidos é especialidade do nosso pais.

Em cada cidade brasileira, a gente vê milhares

de injustiças com nossos antepassados que fizeram

nossa história. Muitas cidades deste imenso pais,

tem pouquíssima história para apresentar aos seus

filhos no futuro, diferentemente de uma Cuiabá,

uma Corumbá e outras que formavam o Mato Grosso

uno, cidades centenárias.

Algumas cidades ao serem fundadas, seus

fundadores já vem com seus costumes enraizados e

dificilmente largarão dele. Seria como se você

pedisse para um Cuiabano que deixasse seu guaraná

ralado e aderisse ao Chimarrão, ou deixasse de

lado o pequi para consumir o pinhão, e vice versa.

Nós cuiabanos que temos uma vasta e invejável

história, e sabedores de como ela foi construída,

temos a obrigação de sermos seu legítimo guardião.

Inadmissível, e inconcebível, que hoje o nome

do ex Governador José Fragelli esteja totalmente

dissociado da tal Arena Pantanal. Quem viveu a

época em que nós cuiabanos, detentores do melhor

futebol de Mato Grosso uno, implorávamos ao ex

Governador Pedro Pedrossian para que aqui

construísse um estádio e nunca fomos atendidos,

sabe o que escrevo. Esse governador preferiu

construir na sua cidade um estádio, e ficamos nós

a “ver navios” até que o Governador José Fragelli

veio a nos atender.

Claro, não sou contra chamar nosso estádio de

Arena Pantanal, mas por justiça deveria ser

chamado de estádio Governador José Fragelli, Arena

Pantanal.

Pois bem, nossa imprensa também colabora com

essa injustiça, pois a toda hora vejo em um ou

 

outro site chamando o largo da Igreja do Rosário e

São Benedito, um local histórico para Cuiabá, de

Ilha da Banana. Devem ter escutado isso de algum

cretino, absolutamente cego nas nossas origens.

Maracanã, vai ser sempre Estádio Mario Filho,

por justiça a um jornalista que comandou o

movimento pela sua construção. Não será um craque

dentro do campo e perna de pau fora dele, que

merecerá a substituição do nome de Mario Filho, do

maior estádio do mundo.

Amanhã, outros craques dentro de campo e

pernas de pau com seus comportamentos ridículos

fora dele, sugestionarão a imprensa, para que seus

nomes sejam perpetuados em outras praças

esportivas.

Precisa ser o Brasil um pais de reconhecimento

inconteste de suas figuras impolutas. Nada a mais

estaremos patrocinando do que a justiça à quem

mereceu.

EDUARDO PÓVOAS

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