Negacionista-MPE pede afastamento do prefeito de Tapurah por desleixo no combate a covid-19.wav |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Promotoria de Justiça de Tapurah, pediu o afastamento e a indisponibilidade de bens no valor de 885 mil reais do prefeito do munícipio, Carlos Alberto Capeletti.
De acordo com a promotora de Justiça Cynthia Gregorio Antunes, a medida judicial foi adotada em razão do prefeito atuar “diuturnamente” para inviabilizar qualquer ação do poder público que tenha como objetivo enfrentar e conter o avanço da Covid-19.
Além de impedir a fiscalização por parte da Vigilância Sanitária, segundo o Ministério Público, o prefeito não adotou qualquer medida para evitar a disseminação do vírus.
Também pesa contra ele acusações de ter incentivado de forma contundente a aquisição e distribuição de remédios sem eficácia comprovada; de ter estimulado o desrespeito às normas sanitárias vigentes, de promover a desorganização da coleta de exames para diagnóstico da Covid-19 com intuito de prejudicar a vigilância epidemiológica e os dados de classificação de risco do município.
O prefeito é acusado ainda de desaparelhar a Delegacia de Polícia de Tapurah para dificultar as fiscalizações e investigações relativas ao combate à pandemia.
Segundo o MP, o município ignorou a classificação de risco alto de contágio de Tapurah, o teor do Decreto Estadual e a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e ampliou todos os horários de funcionamento das atividades econômicas e do comércio em geral na cidade.
O mais incrível nesta história é que Capelleti foi contaminado pelo novo coronavírus no mês passado.
Ele foi internado para tratamento da Covid-19 no dia dois de março e, diante do agravamento de seu quadro, foi intubado no dia quatro.
O prefeito foi transferido para um hospital particular em São Paulo, onde ficou internado até o dia 18 de março, quando recebeu alta e retornou para Tapurah.