Lideranças de Mato Grosso defendem a desburocratização da oferta de crédito para a agricultura familiar

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Jurandir Antonio

Em audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em Brasília, o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Silvano Amaral voltou a defender que o governo federal facilite o acesso das cooperativas de crédito aos recursos disponibilizados pelo FCO, Fundo Constitucional do Centro-Oeste.

A mudança nas regras é fundamental para o avanço da Agricultura Familiar em Mato Grosso, é agenda prioritária em uma série de articulações junto à bancada federal.

O tratamento diferenciado dado às cooperativas de crédito, tem causado transtorno aos agricultores no acesso ao financiamento.

A lei federal determina que toda carta-consulta vinculada às cooperativas para análise de crédito deve ser submetida à aprovação do Condel, Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste, em Brasília.

O que não ocorre com as demais instituições financeiras, que operam a análise das propostas dentro do próprio Estado. O teto financeiro para operação das cooperativas também é menor, apenas 10% do valor vinculado às demais instituições.  

O deputado federal, Neri Geller, destacou a urgência na mudança das regras e defendeu a adoção de parâmetros igualitários entre as instituições financeiras para a concessão do crédito.

“A legislação que rege o FCO precisa passar por alterações, precisa ser atualizada, é inconcebível que os valores tramitados pelas cooperativas de crédito tenham tratamento diferenciado. Mato Grosso precisa de autonomia, não podemos ficar à mercê de que o financiamento de um simples trator tenha que ser enviado à Brasília para análise do Condel”, afirmou Neri. 

A proposta é desburocratizar a tramitação de documentos, dando autonomia às cooperativas para a análise e concessão dos valores. Hoje, a burocracia tem desmotivado os produtores a buscar crédito junto às cooperativas, que tem grande presença no interior do Estado.

Para o senador Jayme Campos, que participou da audiência, um dos principais pontos para o avanço da agricultura, principalmente a familiar, é a garantia de regras simples e o fim da burocracia no momento em que o produtor precisa acessar o crédito.

“Tenho certeza, de que a ministra Tereza Cristina, vai trabalhar para a desburocratização da oferta de crédito aos agricultores e na rediscussão do FCO”, defendeu Campos.

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