A imprensa na linha de frente

Vivemos uma guerra no combate a proliferação do coronavírus no Brasil e em todo o mundo. E numa guerra, existe a linha de frente. Nela estão os profissionais de saúde, os governantes, os responsáveis pelo abastecimento de nossas cidades e a imprensa. Sim, a imprensa!

 

Temos visto, principalmente por parte de alguns integrantes do governo e de seus aliados nas redes sociais, ataques dos mais variados ao trabalho realizado por jornalistas de todo o país nessa crise. Ofensas, xingamentos e até ameaças de agressões físicas. 

 

Àqueles que apontam para o caminho da desinformação, do ocultamento de dados e do desrespeito as orientações da Organização Mundial da Saúde, precisam ter em mente que o caminho para a superação de problemas, e até mesmo de incompetências, não é a perseguição contra a imprensa, sem a qual uma democracia não sobrevive.

 

A liberdade de imprensa é o principal termômetro para se medir a solidez de um regime democrático. Os ataques ao trabalho jornalístico, aos jornais e as emissoras ligam nosso sinal de alerta.

 

Os que manifestam seu ódio e insensatez em suas redes de desinformação e calúnias, precisam entender que a imprensa profissional é uma aliada e não uma inimiga nessa linha de frente de uma guerra diferente que apenas começou: a guerra para se evitar mortes.

 

A maior parte da população já sabe disso. 

 

É hora de solidariedade, também, com aqueles que estão colocando em risco suas vidas nas ruas para colher a melhor informação, com exatidão, responsabilidade e, também, com espírito crítico, o que é fundamental para a correção de erros e rumos. 

 

Nossa história ensina que todas as tentativas de ataques e agressões contra a imprensa empurraram o país para momentos sombrios com regimes ditatoriais e autoritários.

 

Precisamos, mais do que nunca, de uma imprensa livre, sem amarras e mordaças, que dispensa bedéis.

 

Rubens Bueno é deputado federal e vice-presidente nacional do Cidadania.

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