| Governo do Pará confirma caso de vaca louca e diz que caso é atípico.mp3 |
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Por Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
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A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará informou que o resultado do exame do caso suspeito da doença da vaca louca, no sudeste do estado, deu positivo.
Contudo, se trata de um caso atípico da doença, ou seja, que surge espontaneamente na natureza.
Por isso, não causa risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano, informou a agência em nota nesta quarta-feira.
Os casos de vaca louca atípica ocorrem por causa de uma mutação num único animal.
Já os casos clássicos, que é quando o animal é contaminado por causa de sua alimentação, poderiam afetar mais de um bovino por vez.
Animais mais velhos, podem contrair a vaca louca de forma atípica, mas que não causam risco de contaminação nem para o rebanho e nem para os seres humanos.
Segundo o governo do Pará, a propriedade com 160 cabeças de gado foi inspecionada e isolada de forma preventiva.
O exame foi realizado em amostras enviadas a um laboratório no Canadá para tipificação do agente, se clássica ou atípica.
O governo do Pará informa que está em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária e "trata do tema com transparência e responsabilidade." O caso estava sendo investigado pelo Ministério desde o início desta semana.
Os casos atípicos costumam ser pontuais, mas podem igualmente causar restrições comerciais.
Quando as exportações são suspensas por esse motivo, o Ministério da Agricultura envia dados às autoridades chinesas para que a situação de risco seja analisada, e as vendas de carne liberadas.
O processo pode se arrastar por meses. Em 2021, por exemplo, o Brasil permaneceu sem enviar carne bovina à China entre setembro e dezembro. Na ocasião, o Brasil havia comunicado dois casos atípicos da doença.